Compliance nas fintechs com Mareska Tiveron - Fintechs e Inovação
Transcrição
A marisca tiveram. É bacharel em direito pela PUC, pós-graduada pela FG VINI8N UIU. Atua na área jurídica desde a virada do século. Aí peguei pesado, né? Maressa atua na área de left e compliance Office e é uma das coordenadoras do livro Brasil fintech, que, por coincidência, acabou de chegar na minha residência, né? Tô com ele em mãos, então, antes de mais nada, maresca vou agradecer a tua disponibilidade de de conversar aqui com a gente e pedir pra você corrigir com. Complementar essa essa apresentação breve aí. É primeiramente muito obrigada pelo convite de estar aqui. Erick é, é um prazer poder nos falar de temas tão, tão relevantes sobre apresentação. Acho que AA complementação é esse essa virada do século? Aí pegou pesado mesmo, mas é, é. São 20 anos, aí são 20 anos de é, é em que eu atuo como advogada de consultoria é, e muitos dos clientes, instituições financeiras. E assemelhadas, então, é. É no mundo de pagamentos, especificamente. Aí a gente já vai, né? Falando mais de uma área dentro desse mundo financeiro que é a área voltada para cartões EE pagamentos, é já há mais de 15 anos. Então é a minha experiência realmente é pra pra pro que a gente vai falar hoje vem. Já vem aí de de uma longa jornada, um tema no qual eu sou realmente. É pelo qual eu sou apaixonada. É. É gosto muito EE que a gente aprende na prática, é no dia a dia, pelo seu dinamismo e é EAAEA sua complexidade, inclusive. Então é, eu acho que a apresentação é, eu acho que está. Está em bom tom em termos profissionais. Eu eu trabalhei em escritórios de advocacia. Em São Paulo. Atendendo clientes e entrando dentro desses clientes, bancos e empresas de meio de pagamento é EEE também já é, já fui é diretora de de uma fintech, tendo é é criado, EEE construído aí os pilares de compliance e regulatório e ligam é dessa fintech muito bom. Antes da gente de de, de entrar no tema dessa conversa, né que eu vai ser aqui mais centrado em em compliance de fintechs de de pagamento, eu vou vou pedir pra você falar um pouquinho sobre o livro Brasil fintech, tá? Como é que foi? OOOA, participação na elaboração desse livro, na coordenação desse livro. E também acho que o capítulo que que você escreveu ali foi sobre bem, quem és a service? Não é isso. Bem-vindos a serve o seu White label. Foi isso legal. Queria que você falasse um pouquinho. É OOO, livro Brasil sim, tá aqui é. Eu costumo dizer que ele é mais do que um livro, é um. Projeto é onde eu, giane e Bianca, as 3 coordenadoras desse livro, é, a gente buscou é? Trazer para 11, centro ou 11, lugar comum porta. Porta-vozes, ou seja, pessoas profissionais experientes, EE referência no que fazem. Dentro desse segmento de fintechs no Brasil, é. Num num único lugar, digamos assim, né? Então somos 31 mulheres. Com esse perfil, com com essas características, onde a gente buscou. Pulverizar não só. Um viés jurídico ou de compliance, mas também um viés de economia. Um viés de. De alguém que está no Business, um viés de alguém que está em produtos, ou seja, 11 multidisciplinaridade mesmo é no sentido de trazer uma completude, o storytelling nesse livro é de como está o cenário atual de fintech, especificamente no Brasil e como. Imaginamos como essas profissionais também entendem que. É com base nesse cenário atual de Brasil e de do mundo quais serão os próximos passos? Passos os próximos capítulos dessa dessa novela aí de fintechs, tá? Então tem as provocações também para o futuro, nesse nesse livro e aí eu digo que ele é só um pontapé, porque a ideia não é que a gente simplesmente escreva, é é um livro e depois cada um segue sua vida e né? E continua aí fazendo o que estava fazendo antes. Fechando essa essa história. É somente com a publicação e a venda do livro, mas sim, é também continuar tratando desse tema que é tão relevante e que é tão dinâmico que é a, né, a tecnologia, né? O serviço financeiro cada vez mais é, é pra pra maior público que a gente conseguir, então seja através de eventos. Seja através de. Participação dessas profissionais em fóruns específicos que a gente puder ajudar, que os coordenadores puder ajudar, fazer connectic in the Dogs, né? É EE por aí. Vai. Então é, é você só tem muitas surpresas pela frente. Acho que esse é só Oo início aí desse desse projeto EE, lembrando também que a nossa vontade com esse livro não é apenas trazer um público nacional para o contexto de fintechs. É aquelas aquelas pessoas que não atuam necessariamente nessa área, mas que têm interesse também é. É, é 11111. Destinatário desse livro é um leitor desse livro pra gente, né? Mas também fora, né? Do do país. Então assim, a ideia também é que esse livro possa contribuir para uhum potenciais investidores, por exemplo, que que que tem vontade de de ouvir um pouco mais sobre o que está acontecendo aqui em termos de fintech, de pessoas que estão no dia a dia e não, não sejam, né? Só não não entendam só da teoria da ou da da norma em si fria, mas no dia a dia. De se vale a pena ou não e o que que está acontecendo aqui no Brasil com o nosso segmento, tá? Acho que é um apanhado geral. É esse muito bom, muito bom. EEE eu estou usando até a lista de autoras aqui, como eu estou com. É vários temas para conversar. Já tenho algumas em em vista aqui para, para as próximas conversas legal, muito legal, indo para o para o nosso tema principal aqui. Eu queria saber quais são os principais focos de preocupação de risco e compliance em uma fintech de pagamento. É, eu diria que. Oo quando a gente fala em risco, em qualquer empresa que presta serviço financeiro. A gente tem uma preocupação muito grande com a liquidez, né? Então, essa é 11. Preocupação é natural e inerente a qualquer, é serviço financeiro, mas eu acho que é. É legal. Quando a gente fala de compliance e risco. Enfim, pack. Falar do. Do conhecer o seu cliente? É, e por que isso? AA fintech? Ela, ela tem como 11 grande propósito e um, e na verdade, um grande valor. Que é a inclusão financeira, na minha visão, que é a democratização mais. Ainda mais acelerada do serviço financeiro, ou seja, é trazer para pro universo do do serviço financeiro propriamente de do sistema financeiro propriamente dito àquela pessoa desbancarizada. Por exemplo, aquela aquele brasileiro que não, que que tem o WhatsApp, tem Oo smartphone e usa o WhatsApp, ou seja, ele tem o acesso à tecnologia o dia inteiro. Mas ele não tem conta em banco, ele não tem conta. Ele guarda o dinheiro, né? No colchão ou ele ou ele algumas vezes usa um parente que tem conta pra pra fazer alguma transação quando ele precisa. Então e aí, onde eu quero chegar, né? Pra pra falar de compliance. Quando a gente fala que a fintech que ela tem uma esse propósito de capilarizar mais, né, de trazer mais o. AO comerciante, menor informal para ele passar a poder é é aceitar um cartão como pagamento, por exemplo, através de uma fintech, coisa que ele não fazia ou a aquela pessoa física que não tinha conta e ela passa a fazer um Pix. Então, portanto, ela passa a ter uma conta, seja de pagamento que se a gente falar de sintek a gente vai, não necessariamente vai falar de uma conta corrente. Vai falar de uma conta de pagamento. Quando a gente vai falando da inclusão financeira. E desse novo perfil? De consumidor do serviço financeiro, que é a grande valor, a grande contribuição da sintex é é para o sistema financeiro nacional. Está aí o desafio do risky compliance, de fazer com que o cadastro EAO ingresso dessa pessoa para abrir a sua conta seja ao mesmo tempo, mais simples. Com menos fricção do que usualmente, a gente tinha tradicionalmente, enfim, nos grandes bancos ou né? Na Na, naquela, naquela relação mais física, na agência, né? Que que é algo que vem aí num, num legado talvez normativo, até tá de cadastro, mas trazer isso para a realidade atual e para esse público específico, ou seja, com menos fricção essa entrada, mas. Sem deixar de de ter o cuidado de garantir é AA prevenção a fraude, a prevenção, a lavagem de dinheiro, né? EAA segurança de que aquela pessoa é mesmo aquela pessoa que está declarando ser é de que aquela aquele cliente não é fake, não é um hacker ou não é um lavador de dinheiro, por exemplo. Então tá aí. Pra mim, a bola da vez. O desafio de toda e qualquer profissional de compliance hoje de uma fintech é essa equação. É esse equilíbrio. Encontrar isso é, é o nosso maior desafio hoje. Legal do EEE, do dos pontos que você mencionou é vou destacar aí esses. Esses 2, né? É o conheça seu cliente, né? A gente usa bastante a sigla QUICE. Você falou também de prevenção à lavagem de dinheiro, né? Essas 2 coisas estão meio juntas, né? Mas existem processos, existem tecnologias que as fintechs estão utilizando para esse tipo de pra pra prevenir esse tipo de risco. Eu queria que você falasse um pouquinho sobre isso, sobre processos e sobre tecnologias também que estão estão sendo utilizadas, né? É falar de coisas mais, só só para dar 11 exemplo aqui. Coisas mais antigas aí, né? AA prevenção à lavagem de dinheiro a gente tinha processos muito rígidos nas áreas de câmbio dos bancos, né? Quando eles recebiam, é transações aí internacionais. Faziam um filtro e um filtro. É puro por palavras, né? Aí você tinha 111. Parte do processo que é um humano, esse humano, ele pegava ali. Esse esses filtros, né? E, por exemplo, o filtro é fez 11 triagem e como ele fez essa triagem? Por texto, ele filtrou ali que o Eric Barreto mora na rua Cuba. E aí, como a rua Cuba tem uma palavrinha, Cuba, que é um país que é monitorado, né, pra fins de de de prevenção à lavagem de dinheiro. O Eric caiu ali naquela, naquela triagem, e aí, algum humano precisa tomar uma ação, falar? Não, Hum, o Eric Barreto. Ele é um cliente desse banco há 20 anos, tal, então OOO ele morar na rua Cuba não representa nenhum, nenhum risco. Não é uma transação de risco, né? Ou um nome o meu. Orientador No No, no, na graduação e no mestrado. Ele chamava Iran professor Iran Irã também é um dos países monitorados. Tá? Então. Professor Irã toda vez que ele fazia alguma transação Internacional, ele tinha o risco da transação dele ser barrada. E aí algum humano precisava entrar ali, liberar a transação, porque simplesmente o nome dele é Irã, era Irã, né? Então eu queria que você falasse um pouquinho do que é que tem sido feito hoje em termos de conheça o seu cliente, que OICE prevenção à lavagem de dinheiro. Legal. Esse, esses exemplos que que você acabou de dar, Erica, eu acho que eu acho que são interessantes para ilustrar o quanto não é possível a gente. A gente usar só um modelo, né? De um modelo de ferramenta para para risco e compliance, e aí, para para New York customer é especialmente, não é? É, então, o que eu quero dizer com isso. Usar só a tecnologia simplesmente. Simplesmente você. Você perde a personalização daquele público, por exemplo. Então é até para você parametrizar uma solução tecnológica de de prevenção à à lavagem de dinheiro ou de prevenção à fraude. Até para você parametrizar com o perfil comportamental do seu cliente e. Compatibilizar com o perfil do cliente desta fintechicamente. É, é, você precisa do do humano, né? Da interação humana. Você precisa do conhecimento é do negócio e do perfil daquele cliente, vindo, portanto, de alguém é, e aí, de do humano, que que tem esse que que domina. Aí é esse esse perfil, então? Então já começa. Daí eu sempre falo que para para qualquer Pilar de hit, compliance são 3. Linhas mágicas, assim é people technology processs, então, e você falou aí um pouco de cada um na sua fala, então é só a tecnologia sozinha não é suficiente? Você tem falsos negativos. É um exemplo que você deu, é isso? Então você pode ter um falso negativo tendo um falso negativo, isso pode cair numa esteira e nessa esteira ela precisa esse filtro precisa realmente precisa ser feito para um double check para 1 segundo momento. Um time humano poder fazer aí uma triagem final EE, aí sim é declarar se é ou não um cliente elegível. É para aquele cadastro, né? E para abrir aquela conta, então é, é e aí a gente está falando então de uma interação humana e processo processo, porquê? Porquê de novo cada? Fintech tem as suas especificidades, suas peculiaridades, tanto pelo seu modelo de negócio de produto quanto. Por pela necessidade de, por exemplo, da velocidade. Da interação com esse cliente, né? É então, a gente precisa ter processo muito bem desenhado também. Ali é para garantir que é se. Há 111 cliente ou um comportamento, ele é. É, ele é identificado por um robô que ele é atípico. Por exemplo, qual é o próximo passo, né? É o próximo passo, tem que estar desenhado num processo ou num mecanismo, vamos dizer assim, processo ele. Ele é uma palavra que sofre preconceitos, sabe Eric? O compliance às vezes sofre também no nosso meio, então a gente vai usando outras palavras para ficar mais. Mas simpático, aí então um mecanismo que você usa se o robô ou a solução tecnológica trouxeram um Red flag ou yellow flag, é, não pode parar ali, né? Porque se você, como você disse, se você bloqueia o Eric só porque ele mora na rua Cuba, porque é esse é um dos, né? É. É um dos das chaves, né, das palavras chaves de de trigger para para para um primeiro bloqueio e você não dá continuidade, você perde um cliente saudável, por exemplo. E vice-versa, tá? Você também pode ter, talvez é 11 liberação de um cliente que num primeiro momento, parece que o robô pode ter passado ali. É numa, né? Numa primeira triagem, mas que o humano poderia, por outras, é outras Fontes. Entender que ele não deveria ser credenciado, porque ele pode ser sim, considerado um. Risco tá? Então sim, a gente precisa da. De orquestrar esse trabalho em conjunto e afinado entre tecnologia, processo e pessoas e time é, é garantindo no fim de novo, o equilíbrio entre a velocidade. Menor fricção, que é isso que toda a fintech busca é maior velocidade, né? E menos fricção para trazer esse cliente para dentro do seu sistema e para que a usabilidade também. Dessa conta das transações feitas em termos financeiros é, sejam super ágeis, é, mas sem perder a solidez e a sustentabilidade de que a gente não está é trazendo ali para dentro do sistema financeiro um criminoso e ou alguém que está que está. Tornando aquela transação ilícita, parecem com cara de ilícia, né? Então, é. É, é, eu acho que é. É muito. É muito necessário a gente ter esse esse equilíbrio. Então por isso que também fica. Ah, precisa ter um time gigantesco, né? É, é um andar inteiro pra pra, pra cadastro num primeiro momento, numa fintech é não, mas por outro lado você precisa então ter uma tecnologia muito assertiva e sim, tem que ter um apoio para esses momentos. Você tem que ter um time que. Que tem o domínio da sua, da sua operação. E pelo que você tem, tem visto aí No No mercado. Tem muita, tem muita empresa fazendo terceirização desse tipo de serviço empresa, seja na parte de tecnologia ou mesmo é. É essa parte mais de interação humana. Tem e tem muito muita oportunidade de crescimento ainda nessa nessa área. Então quando a gente fala, né? De sintec, a gente está falando. De tecnologia atrelada ao serviço financeiro, né? Ao fio TEC EE aí, lógico que AO cov, né? O core é aquela empresa que oferece ou? Meio de pagamento para o seu cliente, né? Então, esse é o mais fácil, mais óbvio da gente imaginar, só que para que isso aconteça, né? A gente começa a ver cada vez mais. Há, há várias suportes, eu falo que é um iceberg, né? Então a gente costuma falar que é um iceberg, então, embaixo desse iceberg da pontinha lá que todo mundo enxerga que é simplesmente abrir a conta, que é fazer um Pix ou fazer uma transferência, ou né, pagar uma conta. Tem muita, tem muita coisa ali, né? E aí, é isso que a gente está falando aqui especificamente, que é desde o momento do cadastro de garantir, né, que a os dados estão sendo coletados na sua completude, para que a gente consiga realmente entender que aquela pessoa é aquela pessoa e tudo você começa assim a ver uma enorme quantidade de empresas, startups se especializando e trazendo tecnologia para essa dinâmica. Então você vê também biometria? Crescendo no país, né? Essa área de biometria, você vê face match? Então, o Reconhecimento facial como sendo uma tecnologia é que traz segurança e velocidade, né? Nessa, nessa é verificação da identidade desse titular dessa conta. Então a gente começa a haver um crescimento ainda bem de fornecedores desses tipos de serviço e esses, essas startups, elas também são fintechs, né? Elas não deixam de ser porque elas são. Empresas que. Elas oferecem tecnologia para o serviço financeiro e aí fintechs, dentro especificamente do de compliance. Rece, né? É? Mas também são, então sim, a gente vê cada vez mais uma oferta muito grande. Desse tipo de tecnologia para poder é a é atender a essa esse desafio que eu acabei de dizer que todo profissional de compliance acaba é é enfrentando que é. Conseguir a esse meio termo, ou seja, trazer sim esse cliente para dentro, não não exigir dele muitas documentos, né? Cópias e burocracia e lentidão nesse momento. É, mas por outro lado, eu tenho certeza de que ele é ele mesmo e de que ele é uma pessoa. É é que que pode EE até deve ser. É, é ser ser um novo cliente ali. Então antes a gente vinha muito, muito empresa de fora do Brasil ainda tem, né? Ingressando com a sua operação no país. Tá então que já tem essa experiência lá fora, porque a gente sabe que como nada se cria, tudo se copia, EEEE aí os Estados Unidos e a Europa são pioneiros. Em temas e relacionados à e emel, né? À prevenção à lavagem de dinheiro é essa é uma preocupação e já é muito mais. País da Europa e dos Estados Unidos, já são mais maduros, né? Em termos de é de mecânicas e de e de ferramentas para prevenir esse tipo de crime do que o Brasil, que agora é isso? Está nesse momento bem que eu comemoro muito bem importante que é sim abrindo as portas para essa, para esse tipo de tecnologia, para esse tipo de. Experiência lá de fora. Legal e em termos de de normatização, a gente tem pra pra área de pagamentos, aí tem é. É uma lei que a gente chama o de Marco legal, né? De de de pagamentos, tem várias outras normas infralegais. Aí no, no âmbito do do do banco central, né? Como a resolução 80 é, mas quase toda a semana surgem novos normativos. Resoluções, instruções normativas, algumas relacionadas a participantes de arranjos de pagamentos, algumas relacionadas à prevenção, à lavagem de dinheiro ou AA participantes do Pix que tem que mandar alguma informação nova, tal toda semana tem coisa nova saindo, né? Falei de de banco central aqui, mas você tem outros. Os reguladores também. Receita federal tem mais um montão de de de irreguladores por aí em geral. Como que as empresas de pagamento acompanham esse dinamismo dos normatizadores? Eu vou até mudar um pouquinho a pergunta, pra e vou te falar porque tá é, acho que primeiro só pra voltar um pouco, eu acho importante falar como você disse que eu faço há muito tempo nessa estrada, quando eu comecei a atuar com pagamentos, né? É, foi muito tempo atrás, eu, eu. Eu entrei dentro de uma credenciadora ali no jurídico, pelo jurídico e naquela época a gente tinha uma realidade. É onde? Então acho que é legal até falar rapidinho da timeline assim, né? De como foi mudando. O paiments no Brasil, né? Então a gente tinha isso, é o que eu estou falando. Já há 15 anos atrás, então tinha uma realidade onde? Usar cartão era basicamente uma relação física, então tinha as maquininhas que a gente fala que são os POSS, né? Onde a gente passava o cartão? Eu não vou nem ir lá lá para trás, não vou assustar o público. Tinha umas máquinas de que passava assim e tinha um cheiro de álcool. Isso eu não vou falar não, tá? Eu já falei aqui, vamos já falar da maquininha do POS, onde a gente colocava AO cartão ali e, a depender da Bandeira dele, né, a gente tinha. Que trocar a maquininha, inclusive porque cada credenciador. Tinha uma credenciadora que tinha exclusividade para a Bandeira massa, que era a rede. Aí a gente tinha AA visanet. Na época que o gessiel, que tinha exclusividade para processar a Bandeira Visa. Bem ali, a gente estava falando de. 111111 player, né? Uma prestadora de serviço financeiro de processamento de pagamento, que eram as credenciadoras ou adquirentes. Que elas não tinham, elas não tinham uma previsão normativa da figura delas, então não existia uma norma do banco central onde é trazia AO conceito daquele tipo de empresa, como existia para instituição financeira? Tá? Então eu comecei a atuar nesse momento ainda, né? É onde eu lembro de eu falar com a diretora jurídica na época, né que era na rede na época. E eu falava, Ah. Você pode me indicar 11? Eu era advogada, jovem advogada. Ainda ali no começo da carreira, você pode me indicar um livro para eu ler sobre? É credenciadoras adquirentes e antes de começar a trabalhar aqui e ela colocou a mão na cabeça, né? AA diretora jurídica, Ana Lúcia na época, e falou, mas ele fica claro que não existe nem perto disso. Faço assim, você aprende aqui é, é bastante sobre a credenciadora, o que fazemos, como é que funciona e escreva um livro um dia tá e é, e eu acho que esse livro que que você mostrar ali é e outros que eu eu já fui coautora, enfim, é, foi muito inspirado nessa minha vontade, tá de que? É jovens profissionais que gostam do assunto, mas ficam querendo pelo menos ter um ponto de partida de conceitos. De onde começar? É, é, é. É que também eu. Eu comemoro esse livro, né? Brasil fintech pra pra dar pelo menos um norte da teoria e da prática um pouco, mas estou dando toda essa volta para dizer que quando você fala como é que a sintec acompanha, né? O dinamismo normativo vai, digamos assim. É o contrário. Na verdade, é esse mercado é muito dinâmico, né? Então eu falei que eu comecei lá quando ainda era pior físico que tinha, né? A exclusividade nas bandeiras. Esse mercado ele vem mudando muito rapidamente desde então, né? Então, logo depois, a gente começa a falar de um comércio eletrónico com a internet pesada, né? Transformando. O processamento de de pagamento por cartão, por exemplo, ou boleto em algo que vai. Que vai ser direcionado para a internet, então aí você, tudo aquilo que eu tinha aprendido ali no POS, fiz que eu também fui aprender em como como funcionava isso no mundo online, né? No comércio eletrônico. Então, quais são as dores? EE. EE as vantagens de você processar o pagamento, usar o seu cartão fazendo uma compra virtual então, depois, AA tecnologia, ela avança muito rápido e aí você vê a necessidade de usar e fazer transações financeiras no mobile, no seu celular, que você usa todo dia que cabe na sua mão. E aí todas esses players, essas empresas que processam o pagamento, elas, elas estão ali. Elas já estão com a tecnologia atendendo a essa necessidade desse fluxo financeiro muito mais rápido. Do que o próprio regulador, banco central, qualquer que seja, poderia acompanhar em termos normativos. Por isso que eu quis contar essa história porque pensa que nem existia a figura da credenciadora definida na norma 15 anos atrás. Quanto mais todos os desdobramentos e as complexidades que esse tipo de prestação de serviço, muito específico ele traz, né? Então. É OA tecnologia, ela é muito rápida. Ela primeiro acontece essa transformação e depois, AA norma, ela, ela se adequa e ela a tem que atender. Tem que alcançar, né? Esse, esse, essa nova realidade e tudo bem, só não pode ter um gap muito grande, uhum, quando você tem um gap muito grande desse ritmo, você começa a ter desvios tanto de um lado quanto de outro, e aí é preciso. Preciso acomodar de alguma maneira e aí algumas medidas, às vezes, urgência. Tem que ser tomada. Para não ficar muito distante. Ou seja, o regulador, ele não pode perder de vista. E aí em 2013? Então. Ah, já já vai fazer 10 anos aí, né? A gente, banco central, passou a regular esse, esse nosso segmento de meios de pagamento, trazendo instituição de pagamento, por exemplo, como sendo uma instituição conceituada com com toda a sua previsão, com a sua norma própria. EEEA partir daí outras sopas de letrinhas digamos assim, né? A gente tem AIPA, gente tem ASCDA gente, começa a ter. Instituições já com normas específicas e que o banco central já reconhece e entende as particularidades delas e. Por exemplo, já atrelando a elas um novo tipo de conta, que é a conta de pagamento que já não é. A idêntica a conta corrente que a gente conhece que é a conta de uma instituição financeira, né? É mais tradicional, então ela. Ele já começa a trazer para um mundo normativo. A realidade da tecnologia, mas eu diria que AAA então a pergunta foi, é, como que as empresas acompanham, né? Esse dinamismo é é do dos dos, do regulador. Num primeiro momento, eu queria só ilustrar que num primeiro momento é um pouco inversa, né? AA essa essa, essa questão, mas num segundo momento, eu entendo a sua pergunta, porque o que a gente tem visto nos últimos 3? Anos é sim, uma agenda extremamente acelerada do banco central. Para. O nosso universo, inclusive de fintechs, né? É, e o que eu simplesmente é, acho o máximo, acho, é, é 11 experiência. Quem está o profissional que está há tanto tempo nesse mercado está conseguindo participar desse momento? Que o banco central está é incentivando novas novos produtos. É com tecnologia, eu acho que é muito bacana. Então o que você está trazendo aqui? Essa pergunta, né? Acho que indo mais direto ao ponto é toda quase toda semana, sai uma norma nova relacionada, por exemplo, ou ao Pix que acabou de né de ser e é um arranjo criado pelo próprio regulador. Uhum ou ao open banking, que também está muito quente, então é EE são já a gente falou só de 2, né? De 2 itens da agenda ABC, hashtag que é essa agenda atual do banco central. Que só essas esses 2 produtos, digamos assim, open make nem é um produto, ele é uma plataforma, né? É um sistema, é um ecossistema aberto aí, mas se a gente falar desses 2 temas, já mostra uma revolução muito grande da maneira com que a gente conhece e se relaciona com conta com banco. É então, de facto, para as empresas acompanhar, acompanharem assim cada. Ajuste no regulamento do π que acontece, ou AA nova a nova fase do open banking, a primeira, a segunda, terceira, a quarta não é fácil, não está sendo um desafio muito grande, sim, tanto para o time de tecnologia dessa sintax, porque pensa que eles têm que tentar acomodar numa agenda produtos times de produtos, numa agenda muito dinâmica. É tanto a criação de novos, de Pictures e de novos produtos quanto o atendimento à à, à regulamentação. Que é mandatório, e aí essa conta também não é fácil de fechar, né? Em termos de capacidade de time, em termos de sprints e é, é, são são, é. É tecnologias complexas, né? Então, sim, é um desafio e para o time que aí aqui na minha cozinha, digamos, né? O time de regulatório que acompanha as na horas do banco central, que tem que traduzir isso para dentro da da fintech e de risco, um super desafio, não comer bola, conseguir atender naquele prazo. Mesmo sendo uma fintech, não sendo um banco, né, que tem uma estrutura enorme. Talvez já mais preparado para isso, já mais acostumado com com essa dinâmica. Então, sim, tem sido Eric veas e de tédio a gente não morre, Eric, vou te falar bom. Que bom. Bom, eu vou te fazer 11 última perguntinha aqui que tem relação com com o que você mencionou agora, né? Eu eu fiz uma pergunta é relacionada à normatização. E você falou também de área de de tecnologia? É a minha pergunta é como que ocorre essa integração entre a área de compliance e as demais áreas de uma fintech, incluindo a área de tecnologia, né? Porque você vai receber demanda legal ali é que você precisa acionar a contabilidade, por exemplo. A contabilidade precisa gerar novas informações. A área de cadastro precisa passar informações de clientes pra gente man. Essas informações pro pro pro banco central, por exemplo. Né? E normalmente a gente tem a área de tecnologia nesse meio aí, né? Mesmo que é AO responsável pelos dados, seja a contabilidade, seja área de cadastro, normalmente a gente tem a área de tecnologia pra facilitar essa comunicação, então é normalmente, como é que funciona essa integração? E eu gostaria também de saber se, em geral, a área de compliance utiliza algum tipo de sistema de controle pra fazer essa delegação, né? De de de. Responsabilidades aí para as demais áreas. Hum-hum. Muito boa pergunta é. EE eu acho que essa pergunta, ela, ela é mostra mais um desafio, tá? Para o profissional de compliance, para a área de risco, dentro dentro da sintex porquê? A primeira, eu, eu, assim como sugestão, recomendação, né? De de profissionais mais jovens, que às vezes vêm conversar comigo e de falar, Ah, o que que me dedica de de como trabalhar em fintechs, né? Em áreas de risco e compliance, a primeira compliance, a primeira, é a primeira assim. Recomendação é que. É importante AO profissional de compliance de risco. Ele ele se preocupar em não parecer que ele é o prevenção à venda, sabe? Ele é o prevenção a ao negócio. Ele é importante, ele sempre cuidar da da forma que ele se comunica, para que ele também não seja. Visto como um leão de chá, como um. Policial parece, né? Ah, lá vem um segurança é é da balada, né? Que fala que não, não, não pode entrar porque eu não quero. Então é, a gente precisa ter Oo autoconhecimento é sempre importante para um profissional que trabalha com isso, principalmente enfim, porque eu falo principalmente em fintech, porque nos grandes bancos já é mais, já é mais da da cultura e já é mais, já é mais da natureza ali. E do costume, até porque são bancos de quantos anos e já muito grandes, estruturados de entender que a área de compliance disse isso é? É quase um horário, né? A compliance falou que pode, falou que não pode. Mas pra fintech, ainda bem. A ideia é que desmistifique isso um pouco, né? E que, na verdade, esse profissional ele traga mais um uma mensagem de que? Ele pode construir o produto junto com o cara de tecnologia? Uhum. Ele pode. Ele pode contribuir na construção desse produto é e na adaptação desse produto. A norma AA realidade regulada, né? É pra que esse produto pare em pé não só em termos de usabilidade ou de tecnologia, ou né, de fronte, é é, mas sim, em termos de segurança e de sustentabilidade, né? Então, é, é, é 111 papel que não é fácil, porque AA gente tem também. Por outro lado, um certo preconceito mesmo. É de que? Ah, se a gente envolver esse time regulatório de compliance aqui, nesse momento em que a gente está desenhando, está desenvolvendo o produto em que a gente quer lançar o time, o tal do time to market, a gente vai perder o time to market a gente vai, a gente vai ficar menos veloz. A gente, a gente vai trazer mais, é burocracia. Então é essa pergunta. Eu gosto quando me fazem que você fez e que é muito importante. Eu gosto de usála. Pra pra recomendar, pra todos os que estão assistindo aqui, ouvindo e que porventura é queiram, né? É ingressar nesse mundo de sintek nessa área ou conhecem pessoas que interagem com pessoas dessa área? Pra nesse sentido, dar esse tipo de toque, né? É? É importante que a linguagem, a linguagem, seja de parceria do negócio e para isso eu convido esses profissionais a sair um pouco da bolha. E o que que é sair um pouco da bolha pra gente conseguir falar a mesma língua que as outras áreas? A gente precisa entender mais do negócio, mais do produto, mais da tecnologia atrelado a esse produto pra pra que a gente possa então falar de maneira mais prática. E mais, é. Próxima à linguagem que ele sabe ouvir. Resumindo, se eu ficar falando legalês rebolais dentro de uma fintech para outras áreas, para a área de produto, para áreas de tecnologia, para a área financeira, até. É, eu não. Não vou conseguir atingir meu objetivo, que é a atenção, que é o envolvimento daquelas pessoas para aqueles alertas que eu estou dando, né? Então, sim, Eric é um desafio, tá? Mas acho que a cada vez mais a velocidade, a aceleração e o dinamismo que a própria mercado, o próprio segmento né, de serviço financeiro, é é dita, tem trazido. Todas as áreas, a. AAA, há uma troca maior. Essa troca é fundamental, então é para que isso aconteça. A gente precisa sim, minimamente. É de uma governança, né? Então, porquê se quando é muito pequeno fica fácil, quando a empresa está pequena, mas elas crescem muito rápido? Ainda bem as startups, então quando começa a ter times grandes, ainda mais na pandemia que a gente nem tem o espaço físico em comum para. Pra, né? Pra passar ali na mesa do outro, trocar uma ideia e conversar. A gente precisa sim, ter uma certa governança, onde a gente coloque algum tipo de é algum tipo de mecanismo em que ó tecnologia é o time de regulatório e o time de risco têm que se comunicar com a pessoa chave do time, de produto e de tecnologia a cada nova norma ou nova alteração da norma que acontece num Pix. Num processo de New York clients, né? E por aí vai. Ou até em algumas dinâmicas que aí tem. Tem sido muito usado em fintechs, que é o que a gente que que é conhecido como metodologia ágil, né? Você tem squads onde, né? Você tem times totalmente multidisciplinares, né? Então você tem no Squad 11. Uma pessoa de tecnologia, você tem uma pessoa de financeiro, você tem uma pessoa também de risco, compliance ali naqueles que é pra pra fazer com que esse produto ele saia completo, com todos os olhares, né? É na mão do cliente, né? Então você começa, eu começo a ver isso de maneira muito latente. Como ainda uma transformação que está acontecendo nessas empresas de entender qual é a melhor maneira dessas áreas. Se comunicarem? Sem travar, né? É EEE tornar lento o processo de desenvolvimento e lançamento desse produto, mas ao mesmo tempo, sem lançálo antes da hora e com o mínimo de de compliance de sustentabilidade, porque senão também é um tiro curto, porque ali na frente o próprio cliente vai trazer o alerta que deveria ter dado pro pro time de compliance interno antes do cliente perceber, né? Então a gente tem que ser mais preventivo. Do que é corretivo quando a gente quer ter mais eficiência e sucesso, é, então sim, ainda é um aprendizado, porque tudo está acontecendo ao mesmo tempo. E como você disse, o próprio regulador está muito animado, então é os filmes de tecnologia também. Quando vem bater na porta deles, AO time regulatório complexo, eles falam, meu Deus do céu, elas vão me falar para eu parar tudo o que eu estou fazendo? Porque veio uma norma x que tem um prazo para ser atendido. Só que o que eu estou fazendo o? O outro diretor tá me falando que a gente tem que lançar para o mercado, para ontem e eu estou com o meu pescoço, né? É aqui, ele está na minha jugular, então e aí a gente começa a ter esse tipo de de necessidade, de equilíbrio e de governança dentro dessas estruturas que são muito ágeis. EEE elas vieram para ser mesmo, né? Então é, eu acho que é. É por aí, mas. Mas ficando amigo e parceiro e tendo uma linguagem de parceria com as outras áreas é sempre muito melhor do que uma imagem. É equivocada de dono da verdade que algumas vezes alguém que é jurídico, regulatório, compliance, risc pode passar, porque de fato é o dever desse profissional. Por exemplo, bloquear um cliente que que que causa risco. Né? Uhum. É o desejo. Se ele não fizer isso, ele não está sendo coerente nem honesto com a própria cadeira. Só que quem gosta, né? De de de receber 111 não, né ninguém. Quem gosta de tirar o cliente da base, ninguém. Mas é. É um pouco, é isso que eu digo. Acho que até por isso esse profissional precisa, sim, se dedicar AA forma que eles comunica trazer as outras áreas mais para perto, porque precisamos das outras áreas, né? Interagindo para o sucesso do da nossa função. Legal, maresca. Gostei muito da conversa. Não teve juridiquês, né? Muito bom, obrigado. Obrigada. Você viu Erica? Foi um prazer falar, espero, conte comigo em outras oportunidades. Foi um prazer falar com vocês sobre esses temas. E tem tantos outros aí, né? Acontecendo? Muito obrigada. Aleluia.