Contabilidade para Advogados - Demonstração de Resultados - Regime de caixa x regime de competência 1
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Falar então sobre regime de caixa e regime de competência, regime de caixa. Se eu tivesse contabilizando e. Receitas e despesas, ou seja, todo o meu resultado, à medida que eu tivesse recebendo ou que eu estivesse pagando, ou esse seria o regime de caixa, eu estaria alinhando o meu resultado. Meu lucro com OA. Minha geração de caixa. Tá bom, isso simplificaria algumas coisas, simplificaria alguns controles, porém a gente poderia causar algum tipo de injustiça, por exemplo. Vamos supor o seguinte, vamos supor que a gente tenha. 11, compra. De mercadoria em uma data? Compra pelo valor de 10. Compra à vista? E uma venda? A prazo? E 30? Está. Vamos supor, seguinte que eu fiz a compra nesta data. E a venda a venda de 30, eu fiz. Em uma data seguinte? E vamos supor que entre a data de venda e a data do recebimento. Eu tenho uma data de corte, eu tenho uma data de Balanço, então a gente fechou aqui. Balanço. Vamos supor que ficou 2017 de um lado, 2018 do outro, tá essa data aqui? Esse ponto de corte é 31 do 12. De 2017. Qual o problema? Se eu tivesse no regime de caixa o que teria acontecido no ano de 2017, em regime de caixa, comprei. Comprei por 10, saiu caixa, então eu tenho um custo. De 10? Eu fiz uma venda, só que eu não tenho caixa. Não tenho caixa aqui, então em 2017. Eu só fiquei com a parte chata, só fiquei com a parte triste do negócio, que são fluxos negativos, imagina se eu tivesse distribuindo lucro? Com base na geração de caixa, imagina se eu tivesse bonificando meus funcionários distribuindo dividendos? É bônus para os executivos com base no resultado, os caras trabalharam, fizeram a venda e ficaram só com a parte ruim. Isso diminuiu o resultado deles. Agora, quem chegou lá em 2018 ficou com o quê 2018 a gente recebeu caixa. Então, se eu tivesse em regime de caixa, ó 2018, eu tenho um lucro de 30. Só a parte boa, porque o custo ficou lá em 2017, tá? Então, o regime de caixa, ele poderia simplificar algumas situações, tá? Ah, no longo prazo, quando a gente fala em projeções, quando a gente fala em valuation, né? A gente projeta resultados por 5 anos por 10 anos, ou por uma perpetuidade, né? Então, fluxo de caixa é importante. Fundamental. Nessas situações, né? Mais pra. Para o, para, o para o dia a dia, para eu mensurar o resultado das empresas para eu mensurar a performance para eu poder comparar a performance das empresas. Performance de executivos. Não dá para trabalhar só com o fluxo de caixa. Está. Então, nesse sentido, a contabilidade é bastante importante e por isso ela usa o que a gente chama de regime de competência. Então o regime de competência é aquele que registra receitas e despesas no período a que competem essas receitas e despesas, por exemplo. Nessa transação aqui que a gente comprou alguma coisa em 2017. A gente vendeu em 2017 e recebeu só em 2018. Quando é que a gente reconheceria a receita de venda? A gente reconheceria na data em que a gente cumpre com as obrigações do contrato, ou seja, normalmente isso acontece na data de entrega, tá? Então, se eu entreguei aqui em 2017, eu vou reconhecer na data da entrega, vamos supor que essa data que está escrito venda, seja a data de entrega. Nesta data, eu reconheço. Tanto a receita de 30 quanto o custo da mercadoria vendida. De 10, tá, pô, mas você está reconhecendo receita, sendo que você nem recebeu? O caixa ainda é? É isso, regime de competência. Eu já tenho o direito de receber 30, então eu reconheci a receita e não tenho caixa. Então no Balanço eu reconheço com contas a receber de 30. Tá lá em 2018, eu vou receber caixa. De 30, e vou diminuir esse contas a receber que eu contabilizei em 2017, tá? Então, esta é a importância do regime de competência. E o que vai causar? Esse é é esse uso do regime de competência. Ele faz o seguinte, ele descasa o lucro da geração de caixa. Então algumas vezes a gente encontra empresas que geram lucro, mas não estão gerando caixa no período. Algumas vezes a gente encontra empresas que estão gerando caixa no período, mas não geraram lucro, tá? As 2 coisas são comuns a gente encontrar. No longo prazo, regime de cache, regime de competência vão chegar nos mesmos números, né? O problema, esse descasamento ocorre porque a gente faz cortes. A gente enxerga os resultados das empresas em períodos, períodos finitos. Então vamos colocar aqui. Uma linha do tempo. A? Vamos, vamos pegar um exemplo. Um exemplo prático? Tem um item? Que costuma ser um item bastante relevante na maior parte dos dos negócios, é. E gera bastante descasamento entre regime de caixa e regime de competência, tá? A depreciação, a depreciação é o desgaste do ativo imobilizado, é o desgaste conhecido, é o desgaste sistemático do ativo imobilizado, assim como a amortização é o desgaste do ativo intangível. Está, e a exaustão é o desgaste de ativos naturais, ativos, minerais. Vamos focar aqui na depreciação, no depreciação, por exemplo, de um. De máquinas? Vamos supor que a gente tenha máquinas. Estão contabilizadas pelo valor de 500 e a gente tem aqui, no patrimônio líquido, um capital social de 500. Tá só para simplificar o raciocínio, o que que é a depreciação é o desgaste do ativo imobilizado. Então a gente precisa saber como o ativo imobilizado se desgasta, ou seja, qual a vida útil. Desse ativo e qual o valor residual dele? Tá vida útil ao período que a empresa pretende usar esse ativo não é a durabilidade dele, é o período que a empresa pretende usar. Então vamos supor que essa empresa pretende usar esse ativo por 10 anos. Valor residual é o valor que ela recupera desse ativo, o valor que ela vende esse ativo ao final da vida útil. Vamos supor que ao final de 10 anos o valor residual desta máquina é zero. Tá? Então como é que vai ser depreciada essa máquina? Se o valor dela, no final de 10 anos, é zero e ela vai depreciar em 10 anos, quer dizer que a gente vai depreciar 50? 50 por ano. Tá? Então vamos contabilizar a depreciação de 1 ano, como é que a gente faz isso, a depreciação ela está desgastando o ativo, então? Ela vai reduzir. O valor do ativo imobilizado tá no Balanço para publicação. Muitas vezes você enxerga só o valor líquido do ativo imobilizado, só 450 aqui no exemplo, tá? Mas internamente e algumas empresas colocam isso na publicação também este. Numerozinho aqui ele aparece como depreciação acumulada. É uma conta redutora do ativo imobilizado, tá? A contrapartida dela é uma despesa. Já que eu to reduzindo a os meus benefícios econômicos futuros. Eu reconheço a depreciação como uma despesa, ou seja, ela diminuiu o. Cru por diminuir o meu lucro. Isso tem um impacto de redução no patrimônio líquido também. Tá bom que que eu quero chamar atenção aqui? Quero chamar atenção no seguinte. A depreciação está aqui no resultado. Ela afetou o lucro. Sim, ela diminuiu o lucro. Olha ela aqui, ela diminuiu o lucro, a depreciação. Ela afetou o caixa do período? Não, ela não afetou o caixa do período, tá? Então, se a gente for olhar este período especificamente, vamos chamar aqui de ano um. Se a gente for olhar no ano um, a depreciação diminuiu o lucro em 50, mas ela não afetou o caixa do período, então a depreciação causa um descasamento entre regime de caixa e regime de competência, tá por isso. Tem indicadores que excluem o efeito da depreciação, a demonstração dos fluxos de caixa exclui o efeito da depreciação, né? Porque? Porque a gente tá tentando conciliar 2 números? O lucro e o caixa não é um deles. Lucro foi afetado pela depreciação o outro não está, então, importante ter isso em mente.