Fintechs e Inovação - O Fenômeno Fintech com Bruno Diniz
Transcrição
Olá, pessoal. Estou aqui com o Bruno Diniz, que é um especialista em inovação em mercado financeiro. Autor desse livro que a gente consegue ver a do do lado dele ao fundo, né? Foi como eu encontrei o Bruno. Livro fenômeno, fintech é, eu vou já passar a bola pro Bruno de Bruno é se apresenta um pouquinho, fala um pouquinho do do do teu livro também, mas antes fala um pouco da sua experiência relacionada ao mercado financeiro, inovação e fintechs. Claro, legal, Eric, antes de mais nada, obrigado aí o convite pra gente bater esse papo, né? Bom, eu. Eu sou oriundo do mercado financeiro tradicional. Na verdade, minha porta de entrada foi Unibanco. Eu ingressei ali em 2008, é bem próximo ali, no período do da crise, né? Quando a gente teve deflagrado ali a crise e. Logo rapidamente, né? Na minha trajetória no Unibanco, a gente teve um processo de fusão com o Itaú, né? Então comecei pela porta de entrada da seguradora do Unibanco. Fui trabalhar na área de igual management do Itaú. Depois disso mudei, fui para uma instituição banco de médio porte chamado individual and partness na época. Hoje chama voiter o banco. Trabalhando já com com corporate banking e a última passagem que eu tive isso em 2015 foi no banco modal. Os mais conhecido também pela sua corretora. Mas desde 2011, eu eu sou bastante envolvido com a cena de startups aqui, então trabalhando com banking de dia e na parte da noite, frequentamos os eventos. É os mitaps de startups que aconteciam aqui em São Paulo, né? Voltando ali para 2010 2011, a ideia dos militaps eram muito mais conversar sobre. É o que é uma startup de uma forma muito ampla, tá? É do que a gente falar de vertical, não se falava em conversas verticais, como por exemplo, em editech, fintech agtech, como hoje está bastante é, é claro. Aí dentro do mercado de startups como um todo. E nessa trajetória, quando ao longo, ali por volta de de 2013, é eu comecei a perceber que tinha um movimento relacionado à fintech é acontecendo fora, né? A essa verticalização no meio de startups. E eu tirei férias na época, quando eu estava no banco para conhecer também o que que estava rolando fora e eu vi que tinha um movimento fintech acontecendo e eu queria muito fazer parte daquilo também, já aproveitando e estar participando dos eventos da cena startups. Mas se iniciar conversas dessa vez mais lixadas dentro do segmento que eu pertenço, que é mercado financeiro, e com esse interesse de de tecnologia. E aí foi que eu de fato acelerei mais. Essas conversas 2014 é 2013 mesmo. Eu conheci um pessoal de uma organização que eu que fazia é é eventos, é discussões mitaps sobre fintech mundo afora e depois de muito conversar com eles, 2014 eles permitiram que eu pudesse organizar os eventos deles aqui. 2015 a gente fez um evento e nesse evento eu já senti que é não tinha como voltar para o mercado financeiro tradicional, resolvi tomar a rota. De de da da área de inovação. É muito conectado com essa rede Internacional que eu tinha criado, é e também ali, na esteira dos eventos que foi o primeiro evento de fintech que eu realizei aqui no Brasil, que chama é fintech Talks e depois tiveram outros. Mas nesses próprios eventos a gente já tinha ali regulador, áreas de inovação, de bancos e das próprias fintechs, e isso começou a surgir uma demanda até de consultoria para a compreensão do que estava rolando lá fora. E aí eu montei a minha empresa de consultoria na época. Acabou que após isso evoluiu. Também dei palestras internacionais em função dessa rede, falando muito do que estava acontecendo aqui no Brasil. É, depois pintou um convite pra eu é presidir um comitê de fintech que foi criado dentro da associação brasileira de startups, também entendendo que existe uma verticalização. Também cheguei a dar aula no num, num curso específico de fintechs da RGV, onde tinha 111. Foto para poder tratar disso 111 curso. Já para profissionais do mercado, não é. E depois também tive oportunidade de lançar o meu livro, que é o fenómeno finintech está aqui. A reuniram bastante dessas experiências. É aqui no Brasil e fora. Sobre o desenrolar desse ecossistema, né? EEE de tudo que ele trouxe a partir daí. Então, assim, a gente hoje é muito claro falar, né? Hoje em dia, todo todo, todo dia você vai abrir o jornal. Hoje você vai, vai, vai ler uma notícia relativa à fintech é, mas lá nos livros de 2014 e 15 não era bem essa realidade. Às vezes, até as próprias startups que atuavam nesse segmento não se denominavam dessa forma, mas a gente teve um avanço notável. Que também foi bastante segmentado pela parte de regulamentação, que evoluiu muito de lá para cá. Hábito do consumidor? Enfim, é 11 conjunto de a as próprias tecnologias, mas um conjunto de tudo isso que chega a ser inimaginável quando a gente vê a que em 2013 o Nubank surge e agora no em 2021, 8 anos depois, estão aí para fazer 111 IPO na New York Stark Exchange, valendo até mais do que muitos bancos tradicionais. Então uma história é, é um, é um recorte de uma história de êxito, de um ecossistema mais amplo, mas que é bem interessante também colocar EE enxergar, olhar para trás depois de tudo isso. É, é interessante mesmo que você falou, né, que a as empresas da época ainda não se deram. Chamavam como fintechs, né? Eu acho que foi no seu livro mesmo, que fala da das primeiras é fintechs aqui No No Brasil, né? EE fala sobre a corretora ágora é, e eu até mandei 111 foto do livro quando eu estava lendo, mandei para um para um tio meu, porque ele era da da proprietário da empresa que desenvolveu o home broker da ágora, né? Então ele. Ele ficou contente, trabalha com fintechs até hoje, né? Também é 1111 baita de um especialista No No assunto. É atua mais na nas áreas de estratégia e de tecnologia. É, mas é. É interessante que na época não se falava, não se usava OOO termo, né? Sim, é. Outra outra coisa que você falou sobre é você na época no nesse início aí você estava acompanhando o desenvolvimento aí do do mercado brasileiro e isso te abriu algumas portas, né? Você é, deu algumas palestras falando sobre o desenvolvimento do do mercado de fintechs aqui no Brasil. Eu queria que você falasse um pouquinho do do desenvolvimento desse mercado hoje, que eu sei que você ainda tem. Esse ainda é o seu mercado, né? O que você acompanha? E se você puder fazer uma comparação bom na minha, na minha visão. Londres é uma, é uma referência, já era uma referência no mercado bancário tradicional, né? E hoje é uma grande referência Internacional pra pra fintechs. Queria que você desse uma ideia, onde é que está Londres? Onde é que está, Brasil? Eventualmente, se você quiser colocar outros mercados aqui no meio, ao falar de algum mercado em desenvolvimento. É, ou algum mais parecido com o com o Brasil? Acho que ajuda a gente AA entender onde é que está o Brasil também. Maravilha, Erick. Bom, a gente como eu falei, né? Tivemos um avanço notável aí de de de, né? É, vamos pegar um recorte de 2012 mais ou menos 1112 e tinha tínhamos os primeiros casos, a gente teve Bank Bank, fácil, que hoje acreditas ali nos livros de 2012, mais ou menos 13, o próprio Nubank guia bolso, a gente teve uma leve de players iniciais que surgiram aqui, a cena ainda era muito incipiente, pouco se denominava dessa forma. E outra coisa que é importante falar é em relação à indústria de venture cator. Na época tá que também não era tão efervescente como a gente vê hoje, né? É? É inclusive, em algumas conversas recentes que eu tive com ABV, capa é notável quando você vê Oo que que é a atividade de private equity, equity, né? Porque ABV cap é uma associação que representa o venture cap do e prior aqui no Brasil OOO grosso, do que era investido desses? 2 setores era emperder, act e ventre. O captu era muito pequeno. Inverteu agora no último ano. A gente tem muito mais investimento de vestido que a de private. É já mostrando também que 111 ponto de evolução disso tem a ver com com o capital, com a América Latina e o Brasil, mais especificamente, ter entrado na rota de investimentos. Investidores entendem que ter oportunidades, muita coisa para ser feita por aqui, encontra arcabouço regulatório interessante. Encontra população também disposta a utilizar serviços digitais. Então a gente encontra tudo isso, mas a gente evoluiu muito assim da do dos primeiros recortes de mapeamento, onde a gente tinha cerca de 20 ma. O primeiro mapeamento que eu conheço, o pessoal também da do fintech leb, que fez o primeiro porque o primeiro é sempre para poder falar, olha, é o é o é o low ring frota, que é o que está fácil aqui, caído aqui perto, a gente pega e dá publicidade para isso. E na o segundo vai captar melhor porque as pessoas vão falar, pô, também está faltando, eu estou faltando eu e aí a gente tinha cerca de 50 e poucos, então hoje a gente está na casa de 1100 e alguma coisa 70 e poucos. Se eu não me engano, pelo mapeamento de distrito, que também é outra casa aqui, analisa muito esses dados, então. A gente teve uma evolução sim, em número de. Iniciativas a gente teve uma evolução muito forte e muito rápida em relação AA. Acabou-se regulatório também, né? Comparando outros mercados, né? Acho que o Brasil está conseguindo fechar um gap de uma forma muito rápida. O próprio case, como eu falei do Nubank, vai ser antes do Nubank está? Vou falar de Stone, que já abriu capital, uma fintech que abriu capital. A gente tem também. Casos como o PagSeguro então assim, já já, já temos um movimento acontecendo. Né? É dado importante e interessante também o primeiro unicórnio que a gente teve aqui na região data de 2018, 3 anos. Primeiro unicórnio não só no ambiente fideché de startups, mesmo que nós temos no Brasil, aqui em 2018 é, alguns consideram que é a é a é a 99, né? Que foi adquirida pela Didi. Eu tenho uma certa controvérsia em relação a isso, mas mas vamos considerar aí que foi uma empresa que cruzou essa marca de um bilhão de dólares em valuation em 2018. É a história muito recente, a gente está muito acelerado nesse. Quando a gente olha outros mercados, como você mesmo colocou de Londres é. Não é? No caso do Reino Unido, a eles estão eles, eles para mim são uma referência para o mundo ocidental em termos de policy making, não é de que, como eles constroem as políticas e regulamentos fazem isso de uma forma muito bem pensada, EE que faz sentido para o mundo ocidental. A forma como eles criam condições, inclusive governamentais, para que a gente tenha um florescimento da cena local. Então eles conseguiram alinhar vários pontos, eles fazem isso. Bastante maestria é tem também o recorte é chinês que eu não gosto muito de colocar na no contraste, porque é uma realidade muito diferente. A oriental, ainda mais do que é feito na China em questão também de liberdades individuais, questão de concorrencial, que é muito diferente, né? Agora, o governo chinês decide que que vai pegar pesado, por exemplo, com o setor de editacks, como estão fazendo lá. Bom. Você não tem nem pra onde correr, é muita incerteza jurídica e regulatória pra pra operar, mas eles blindaram lá os grandes players, né? Tenha como sabe como a gente sabe e. E ali baba, que depois tem a ente, né, que faz, que tem ali pay. Eles blindaram esses players, desenvolveram muita tecnologia, não deixaram nenhum cara de fora entrar. Google, Facebook e tudo mais. Então a gente viu um avanço muito grande, parece si fi-fi algumas coisas que a gente vê lá, mas também tem um preço alto. Um troco disso é essa realidade. Super apps que a gente vê lá. Eu não entendo o que a gente vai ver uma realidade similar aqui no Brasil vai ter muito mais diversidade, alguns caras tentando ser super apps, né? Agregar diversas funcionalidades. Num aplicativo, inclusive questões financeiras. Mas enfim, é comparar. Comparativamente, acho que onde está avançado Brasil está chegando muito perto, inclusive quando eu falo em relação à infraestrutura que a gente tem, a gente tem um Pix. A gente tem uma infraestrutura de pagamentos evoluída, Moderna, recente. Recente e que já conseguiu pegar uma boa parte da população. Temos também o caso do open finance lá no Reino Unido. O open banking foi alarme 2018. Aqui a gente ainda tem AAA, gente já vai nascer com o modelo que já tem ambições de ser maior, porque? Lá é mais circunscrito ao mercado bancário, é eles já fizeram estudos para evoluir isso para o mercado seguro dos investimentos, mas aquele que já nasce com a missão de ser amplo de forma total, né? Então a gente avançou muito, existia até alguns estudos que mostram se a gente tem regulamentação. Para a sociedade de crédito direto, que é para mercado, é é de empréstimos e tudo mais. E sociedade de empréstimo de pessoas. Isso é isso. É como se fosse 111 SCD, uma cidade que é direto, como se fosse um Mini banco. Praticamente, né? Então a gente tem, a gente cobre essa parte pra licença de fintechs reguladas, que podem operar com crédito. A gente cobre o mercado de equity crowdfunding, a gente cobre. O open finance, a gente cobre pagamentos instantâneos, a gente cobre sandbox regulatório, que foi um negócio adiantado também lá na no contexto britânico, já trouxemos para cá, né? Já temos o case da susep rodando na segunda, já na segunda turma, a última aprovar 2121 projetos. CVM aprovou 3, né? Como eu falei, né? Está no livro também. O sandbox é uma forma proativa de você regular, né? Ao invés de você. Que está rolando lá fora, esperar alguém tentar dar uma arretada no cara e depois criar uma regulamentação você chama, né? Faz a chamada e constrói isso junto, né? Vê o que o cara constrói, mede os riscos e depois dá uma licença e abre aí. Novos precedentes, é regulatórios, né? Então a gente está é impressionante como o Brasil, assim a gente, a gente estava muito longe em 65 anos atrás, hoje a gente está, a gente conseguiu fechar muito gap, tá? Não vou dizer que a gente está além, porque falta, carecem outros elementos mais. Inclusive quando a gente olha no ranking. Que teve uma tem 11 consultoria chamada fidex, sabe? Publicou 11. Ranking dos melhores ecossistemas para fintech em termos de cidade, São Paulo está em quarto lugar, tá à frente de inclusive de Tel Aviv. É e de outros lugares e. Em termos de países, a gente está, se eu não me engano, décimo quarto então na América Latina, EE, primeiro na América Latina em termos de país, a gente avançou muito. A gente está muito. Bem ranqueado, e. EE eu vejo mais ainda coisas interessantes, desde real digital que a gente tem pra, pra, pra frente e várias outras novas Fronteiras que o regulador está sabendo aproveitar é, e os empreendedores estão sabendo desenvolver coisa em cima e os vice estão entendendo que tem muita coisa para ser feita aqui e estão despejando dinheiro aqui também para acelerar esses desenvolvimentos bem legal. Tem tem 2 setores, Bruno que. Eu. Eu. Eu imagino que ainda tenha muito AA ser desenvolvido pensando aqui, principalmente em Brasil, tá? Um deles é, eu acho que tem, carece um pouco de desenvolvimento tecnológico. EE regulatório também, né? Uma evolução do do regulatório. O outro talvez seja uma dificuldade do próprio mercado. Primeiro, estou falando de de cripto moedas. Acho que isso, embora assim tenha muita gente que entrou no mercado de criptomoedas pensando é não em utilizar a criptomoeda como meio de troca, né? Mas, pô, tô vendo aqui que tem várias criptomoedas, principalmente bitcoin, que o valor tá crescendo, tá? Vou botar meu dinheiro aí, né? Não era esse o propósito da do do bitcoin e das criptomoedas, então acho que como criptomoeda mesmo tem muito pra pra evoluir o. Seu, o primeiro, o segundo. É das microfinanças, né? É, é, a gente tem o caso lá da da m pza, No No Quênia, que é é? É? Um. Um aplicativo que ele é é, é 111 tecnologia, né, que foi pra pra mão das pessoas ali, colocou o Quênia num num lugar. É super de destaque no mundo. Fintech, né? É, Eu Acredito que no Brasil. A gente tem um espaço para crescer em microfinanças, em microcrédito também, né? Falei microfinanças, pensando não só em empréstimo, mas em em pagamentos de forma geral, né? Queria que você falasse um pouquinho desses. Desses 2 mercados. Você também acha, né? Que tem 11 espaço aí grande pra ser preenchido? Ótima pergunta. Eu inclusive falo também disso no livro, coloco lá um pouco do recorte de da questão de microfinanças, né? E até o case mesmo da empresa. E a empresa é interessante, né? Porque a gente pega aí uma empresa de telefonia, né? Acho que a safari a com quem está por trás disso aí, na verdade. E na verdade, a gente teve, a gente viu uma iniciativa que não veio de nenhum player tradicional da indústria financeira, nem de um player de fintech. A gente viu uma iniciativa assim e também porque a gente está vendo a realidade de um telefone, um dubfone, né? Um telefone que não é smartphone é podendo ser utilizado para as transações, encurtando é as distâncias EEEE é um caso muito interessante, né? Funcionou muito lá aqui no Brasil. Tentaram fazer iniciativas também de telefonias, em de de empresas de telefonia. Em outros tempos teve AO vivo zoom que não foi pra frente, um projeto que não foi pra frente. Mas a gente viu que tem algumas possibilidades para serem tratadas nesse sentido. Existe uma companhia brasileira brasileira chamada avante, que faz também a parte de minifinças, muito voltada para um ambiente de do nordeste. Eles trabalham com agentes, né? De campo, local que é um pouco do que é, é do que é colocado. Inclusive, é por por iunos lá EEEE é na toda a teoria de de microfinança, de ter um agente local, uma pessoa que tem um vínculo com a com, com a comunidade. É pra conseguir fazer esse trabalho. Acho que aliando a as ferramentas que a gente tem, digitais com a. Possibilidade dos agentes de campo a gente tem como fazer coisas interessantes. É por mais que inicialmente no Brasil, foi detectado que esses laços de comunidade em alguns lugares ali não é não é tão forte como em em em em lugares da África, por exemplo, outras partes do mundo. Índia também, né? É, mas a gente tem muito espaço para se ter para, se para as, para fazer em coisas. É nesse sentido. Existem, inclusive, possibilidades de mais fintechs actuarem nesse mercado. Eu tive na semana passada assessorando uma fintechs do Peru e lá é um tema super forte, porque AA realidade. Microfinanças, lá é algo muito claro. Eles estão empenhados em usar modelos. Tecnológicos modelos de fintechs, seja no auxílio do agente de campo, local ou algo que consiga chegar mais diretamente No No consumidor final, também é onde tem cobertura ali de rede e tudo, mas assim é algo que ainda tem muito que ser avançado no Brasil e. E eu entendo que alguns players vão ocupar esse essa lacuna de forma mais frontal, o que não aconteceu até o momento ainda. Legal e em relação ao mercado de cripto? Ah, sim, o mercado de cripto AAA gente está numa num momento de discussão hoje é regulatória. Sobre o mercado de cripto aqui no Brasil, muito em função dos players que operam no mercado, como é o caso de cripto exchanges, né? As as corretoras existe meio que um código ali de autoregulação que as que as as empresas elas adotam mesmo sem serem exigidas em alguns casos, mecanismos. E procedimentos que até os próprios bancos utilizam de prevenção de lavagem de dinheiro. Então, tudo isso já é incorporado na área, na agenda de muitas delas. Né? É, mas é alguma coisa, vai ser feita nesse sentido também de de regulamentação do setor, até porque atrai muita atenção, tem atraído muito capital, muita gente é, tem destinado recursos, né? O estado não vai deixar isso passar ao largo, né? Como já não deixa, até porque a gente tem a obrigação de declarar isso, mas criando também outros mecanismos para tentar também de uma certa forma proteger o consumidor, né? Proteger a pessoa, o investidor dentro desse mercado. Muitas, muitos casos de pirâmide que utilizam, né? Da? Do do nome, né, do cripto, seja bitcoin ou qualquer outra cripto, é é junto à população mais simples, é menos esclarecida. É também, em muitos casos, é sobre esse, sobre esse tema, pra, pra, pra, pra fazer esquemas fraudulentos e pirâmides, né? E se até no mercado financeiro tradicional a gente vê no mercado, ainda que carece informação e que poucas pessoas conseguem dominar a fundo, podem proliferar casos como esse, né? Então vamos, vamos ver mais coisas nesse sentido, mais um pouco. Um ponto que se chama a atenção, olha que em relação à. AA, como o cripto é encarado no Brasil? Sim, ele não é encarado como meio de pagamento. A gente tem toda a parte do meio de pagamento muito bem resolvida. Quando a gente olha internamente com mecanismos como Pix, né? Às vezes, as algumas pessoas ainda utilizam, é cripto pra remessas internacionais. Mas ele tem sido utilizado mais para uma forma de investimento, uma forma que a pessoa colocar aí o recurso em uma em um ativo, né? Vale lembrar que o cripto cada vez mais no mercado financeiro tradicional está sendo enxergado como uma classe de ativos, assim como commodities, assim como, enfim, várias outras classes que a gente tem renda fixa e tal. A gente tá olhando agora também, que. Escrito de uma forma segregada, né? Então, temos ainda muitos avanços nesse sentido também. Legal é você falar um pouquinho do do, da evolução aqui No No mercado brasileiro, né? Relacionando com AAA rapidez do do regulador. Aí nos últimos anos e é impressionante mesmo, né? A gente teve 111 Marco regulatório aí que chamam da da das fintechs, né? Em 2013, aí o banco central começou meio devagarinho e nos últimos anos a gente vê 11 explosão. De coisas, né? Tem muita coisa surgindo em em paralelo aí e 11 outra coisa que eu queria explorar com você. Em termos de de tecnologia, né? A gente sabe que o mercado financeiro ele sempre usou muita tecnologia, sempre foi um mercado. É é que utilizou tecnologia, tem coisas muito interessantes. Aí a gente olhando antes do do mundo fintech, por exemplo, é eu mais. De 10 anos, aí uns 15 anos atrás, trabalhei Na Na SAPEO Itaú aqui no Brasil, usou um sistema de logística da SAP para fazer a logística do dinheiro, né? Pra fazer AA logística do dinheiro nos nos ATMS. Então foi uma baita de uma inovação, né? Quando eles fizeram isso, acho que já faz uns 20 anos, mas pô, os caras pegaram o sistema que era de indústria ou de de. Varejo, né? De logística. Lá vamos organizar aqui o dinheiro, porque a gente tem o mesmo problema, tem problema de de oferta, tem problema de demanda. A gente tem sazonalidade às vezes. Na véspera de feriado, alguém tira mais dinheiro, né? É, é então tem, tem todas essas, tinha todas essas questões aí. Então o mercado já usava muita tecnologia, né? O que parece que que mudou não é que as instituições. Provedoras usam tecnologia, mas aqui a tecnologia tá na mão do usuário, né? Então hoje, as instituições usam a tecnologia, o dispositivo que tá na mão do usuário, então é isso, parece que é. É a grande. A grande mudança, então eu queria te perguntar, o que é que você percebe em termos de de uso de tecnologia, de inteligência artificial, mobile, blockchain? Ou outras tecnologias? O que que você tem visto sendo aplicado e em que áreas dessas dessas fintechs? Bacana é? Não? Sim, sem dúvida. EE os próprios avanços tecnológicos é que criam novas Fronteiras para serem exploradas também, né? Você bem bem, colocou assim o mercado financeiro tradicional. Ele já utiliza a tecnologia é um bom tempo, né? A gente já vem, desde de caixas eletrônicos, né? Acho que né, tem vários exemplos, desde do do do até o Bradesco 111, sistema de leitura de de pau na mão aqui de veias, né e tal, é, é como biometria, EEEE várias outras formas ali, inclusive muita coisa a utilizar internamente. A exemplo do que você citou, é da questão logística. Ali dos 20 ienes e tal, né? É o que acontece. É o seguinte, quando a gente olha modelos de fintech, é muito mais. Eu entendo que a tecnologia ela é muito mais um meio. Do que um fim. Obviamente assim é. É, é AAA. Gente primeiro pensa na necessidade do consumidor, que que ele tem, né? De problema, qual o problema? A gente quer atacar e aí depois, quais tecnologias a gente consegue agregar para resolver esses problemas, né? É para dar essa camada a mais de facilidade na vida do do consumidor e. Isso é algo que a gente não é, é? É. Como falei, cada vez que a gente tem 11 nova Fronteira sendo desbravado, isso é de facto incorporado e novos modelos de negócio surgem. A partir daí, a gente vê isso desde a época do da, do, das primeiras redes móveis de celular, né? Hoje em dia, o mobile está em tudo, né? Praticamente é. É uma. É uma camada que veio é para ficar EEE você é é, é, pensa da forma contrária, né? Como eu resolvo uma dor do cliente e você vai agregando essas, essas, essas possibilidades, né? Muita coisa em termos de inteligência artificial está sendo desdobrada. Acho que inclusive outros setores a gente teve muito dessa exploração dessas tecnologias. A título do que a gente vê, né? EAEAE é interessante, né? Quando o consumidor tem contacto com certas tecnologias, mesmo sem ver porque muitas dessas tecnologias são invisíveis, né? Elas ficam ali no background. É, mas quando o consumidor tem contato com certas tecnologias, ele sobe a barra dele. Referencial, né? Vamos dar um exemplo aí do Netflix, né? Netflix Spotify também se tem 111 capacidade preditiva, então a inteligência artificial ali é pra conseguir entender teu gosto e proativamente te entregar aquilo que faz sentido pra você, que é muito grande, né? E o consumidor começa a se perguntar, né, como é que o banco ou a instituição financeira seja fintech ou que seja, não consegue ter essa essa leitura a respeito? Dos meus interesses? Né? Então, por trás dessa camada de você ver cada vez mais empresas do do setor financeiro investindo nisso, o Itaú, por exemplo, né? Instituição tradicional lançou o íon, né? Que é 111 aplicativo de investimentos que que? E ele bota isso na chamada dele, da da, da da propaganda, falando que é, é, é, você tem acesso, você vê se os investimentos da mesma forma como ver seu feed é como você escolhe um filme no Netflix, é exatamente o mesmo tipo de experiência. É, é, é né? Cross, setor muito ancorado numa referencial que a gente tem e eu tenho em outra indústria sendo trazida pro mercado financeiro. Né? E por aí vai também na parte de utilização de blockchain, é muitas vezes como pra pra aprimorar AAAA aspectos de segurança também é. É, é, é bastante utilizado, então a gente pega essas diferentes boas práticas, né? De tecnologias EE aplica a elas para que consigamos fazer uma entrega cada vez mais. Personalizada cada vez mais contextual, cada vez mais. Invisível pro consumidor final, né? Então tem muitos avanços nessas frentes e. É, a gente está explorando Fronteiras novas, inclusive quando a gente fala de algumas infraestruturas tecnológicas, como é o caso do Pix, né? É muita coisa para ser desenvolvido em cima disso, com essa conveniência que o Pix traz. Essa essa questão de custos mais baixos também, né? E também com a infraestrutura que está sendo construída, de uma forma ou de outra, na realidade open finance que a gente está se movendo, né? Que é a evolução do open banking é e eu sinto que o mercado tem dado respostas e muitas coisas mais vão surgir, que a gente nem consegue imaginar em termos de modelo de negócio daqui por diante é sendo desbloqueadas por esses por essas possibilidades. Bruno, eu vou fazer 11 última perguntinha aqui pra gente finalizar. É o seu livro, fenômeno fintech. Ele é de 2020, é isso, é, na verdade ele é. É ele foi lançado em 2020, né? Vai, vai sair 2019 algum em alguns, em alguns exemplares mais antigos, porque foi No No corte final nos últimos dias de 2019, mas ele é de 2020, né? EE de lá para cá, já teve um Monte de avanço também foram 2 anos muito intenso, então essa não é a última pergunta. A última pergunta é, eu queria você falasse um pouco? Sobre o próximo livro que está para sair aí, que eu já encomendei, inclusive maravilha. Então o fenômeno fintech não é eu, eu. Eu escrevi muito nessa, nessa nesse objetivo de preencher essa lacuna que a gente via no mercado, né? Que a gente não tinha uma literatura específica, ainda mais aqui no Brasil. Lá fora também é muito difícil achar é, é bem restrito, contando não só a questão histórica de como todo esse processo se desenvolveu, né? O surgimento das fintechs e como isso desdobrou em várias partes do mundo, então o fenômeno fintech ele ocupa. Que essa primeira camada de de de revolução que a gente estava no mercado financeiro. O próximo livro ele chama a nova lógica financeira, né? E o que que trata a respeito disso, né? A gente tem é, é. É basicamente falando sobre esse esse movimento, essa, esse momento que a gente está tendo pós fintech, né? Porque a gente teve as fintechs sendo uma alternativa viável ao mercado financeiro tradicional, trazendo mais competição, tem muito que crescer, mas já se posicionaram agora. A gente está vendo 11 cenário onde nós não estamos falando só de bancos e de fintechs, mas a gente está falando de toda uma variedade de empresas, de diferentes setores que estão agregando uma oferta de produtos e serviços financeiros digitais, né? É Magazine Luiza, né? Varejista? A gente tem empresas de telefonia vivo, voltou agora com produto e ao redor do mundo inteiro. A gente está vendo isso, então a gente vê 11 mundo com muito mais complexidade em termos de nível competitivo, a gente vê um novo comportamento do consumidor, porque agora ele pode ser. Se alinhar com soluções que façam mais sentido para a realidade dele, que não vão ser só financeiras, né? Todos esses caras que já vem aí entrando nessa arena como varejistas, eles já trazem, carregam consigo a capacidade de ofertar produtos não financeiros, né? Então, com isso, vai acabar forçando inclusive fintechs e bancos a trazerem essa camada de serviços não financeiros, né? Aliado aos serviços financeiros. EE isso vai fazer com que a gente tenha aí a emergência, né? Criação do. É dos ecossistemas, então a gente tem ecossistemas sendo criados por diferentes players e nesses ecossistemas eles vão colocar produtos financeiros e não financeiros alinhados com o público deles, né? Onde o consumo desses produtos financeiros não financeiros dentro do ecossistema faz mais sentido do que separadamente. Fora dele, né? A gente já deu. É uma realidade muito presente no mundo das militech, por exemplo, e que está agora migrando para o mercado financeiro tradicional, né? E lembrando que o big tech também entram nessa nessa nessa Seara, né? Então, a qual que é a nova lógica financeira, né? Que AA, que é Oo mote? É você não só ter ter essa essa lógica agora de consumir produtos financeiros, não só a instituição financeiras, né? Instituições financeiras terem que produzir é também agregar ofertas não financeiras. É dentro do seu portfólio, né? Saindo de uma realidade que foi durante muito tempo, verticalizada, né? Onde o banco, por exemplo, produzia, ele criava o produto, ele distribuía os seus próprios canais, era tudo muito dentro de si por uma realidade muito mais. Colaborativa? Onde ele também entende que ele não é bom em tudo e no que ele não é bom. Ele traz pra dentro do seu ecossistema, é, seja fintechs e até empresas fora do segmento financeiro. Pra é conseguir dar respostas que o cliente precisa, né? É então, a nova nova lógica financeira é sobre uma. O segundo estágio. Daí para frente é e que eu tenho certeza que a gente vai ver muita, muitos avanços. Já estamos vendo muita coisa, mas é daqui a uns uns 3 anos, vai, vai, vai ficar muito intenso pra gente, é é esse processo de transformação legal. Tô ansioso pra pra ler o próximo aí, Bruno Bruno, obrigado aí pela pela nossa conversa, né? Foi a nossa nossa primeira conversa hoje, espero que tenhamos outras oportunidades aí de de bater um papo. Obrigado, maravilha. Foi um prazer ir até a próxima. Tchau, tchau. Valeu, valeu.