IAS 38 / CPC 04 (R1) - Ativos Intangíveis - Exercício sobre Mensuração Subsequente

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Vamos falar mais um pouquinho sobre a mensuração subsequente, a mensuração após o reconhecimento inicial. Muito bem. Inicialmente, um ativo intangível é mensurado ao valor de custo. Numa combinação de negócios, a gente assume o valor justo como sendo esse custo. Então, o ativo inicialmente é registrado pelo valor de custo. E, ao longo da vida útil, a gente vai deduzindo as amortizações acumuladas nesse ativo. Ou, se aconteceu algum evento, pode ser que esse ativo tenha uma redução por Impairment também. Então, esse é o valor subsequente de um ativo. Ele começa sendo registrado pelo valor de custo, que é o custo de aquisição mais todos os custos associados a esse ativo, e depois ele vai sendo amortizado, pode sofrer perda por Impairment. Esse é o que a norma contábil chama de método de custo. A gente tem também o método de reavaliação. Que é: o ativo, subsequentemente, vai sendo avaliado ao valor justo. Então, a cada data de balanço, o ativo é novamente avaliado ao valor justo. Então, o ativo vai sendo registrado pelo valor justo e, ao longo da vida útil, vai sendo deduzido de amortizações ou de Impairment. O detalhe aqui é que esse ativo reavaliado, esse ativo intangível a valor justo, no Brasil, não é permitido. E, fora do Brasil, ele é de certa forma raro. Porque precisa ter um mercado ativo para a gente poder avaliar um intangível a valor justo. E não é muito comum ter mercado ativo para ativos intangíveis. Então, esse é o detalhezinho, está até em destaque no nosso slide. Para mensurar valor justo, precisamos ter um mercado ativo. Bom, essa questão de Impairment, a gente não está tratando aqui do detalhe. Mas, quem quiser mais detalhes sobre isso, nós temos um curso sobre Impairment também, que é o CPC 01 ou IAS 36. Temos um curso específico sobre esse assunto, que é bastante bacana também. Vamos fazer um exercício? Vamos lá. No ano de 2005, os gastos com um novo processo de produção foram de $ 1 mil. Dos quais $ 900,00 foi antes de 01/12/2005. E os $ 100,00 restantes foram consumidos entre 01/12 e 31/12, momento em que a companhia está apta a mostrar que o processo de produção atende aos critérios de reconhecimento de um ativo intangível. Bom, vamos rabiscar um pouquinho para entender o que esse exercício está querendo dizer. Aqui está dizendo que, em 2005, a empresa gastou $ 1 mil com o desenvolvimento desse novo processo. Sendo $ 900,00 antes de 01/12. Vamos colocar o 01/12 aqui. E $ 100,00 após o 01/12. E a gente está aqui no fechamento de 2005, 31/12/2005. A companhia está apta a mostrar que esse processo de produção atende aos critérios de reconhecimento, a partir de 01/12. Então, aqui em 2005, ano inteiro de 2005, a companhia vai registrar $ 900,00 como despesa e $ 100,00 como ativo intangível. Só $ 100,00 como ativo intangível por quê? Porque antes, ela ainda não tinha comprovado que esse ativo estaria associado a benefícios econômicos futuros. Não tinha essa comprovação. Estão dizendo aí que o valor recuperável do know how incorporado ao processo é de $ 500,00. Como o valor do ativo é $ 100,00, $ 100,00 é menor do que o valor recuperável de $ 500,00, a gente segue a vida, não faz nada com essa informação. Não tem baixa por Impairment, aqui. Em 2005. Então, como contabilizar os $ 900,00 e os $ 1mil, a gente já respondeu. $ 900,00 como despesa e $ 100,00 como ativo intangível. Chegamos no ano de 2006. No ano de 2006 foram gastos mais $ 2 mil durante esse ano. Então, chegamos lá no fim do ano de 2006.. E está dizendo que... Bom, primeiro, a gente já tinha $ 100,00 no valor desse ativo intangível, né? Então, temos $ 100,00 de 2005. Mais $ 2 mil do ano de 2006. Então, temos um ativo com o valor de $ 2.100,00. Mas está dizendo aí que, ao final de 2006, o valor recuperável desse processo é de $ 1.900,00. Neste caso, o valor contábil é maior do que o valor recuperável. Então, o que a gente faz? Depois de reconhecer esse valor aí do ano, esses $ 2 mil como ativo intangível, e perceber que ele é maior do que o valor recuperável, a gente tem que submeter esse ativo a uma baixa por Impairment. Então, o que fazer com essa diferença de $ 200,00, daqui do valor contábil do ativo, para o seu valor recuperável? Esses $ 200,00, a gente vai tirar do ativo intangível, e a gente vai registrar em contrapartida de despesa. Porque isso é uma perda por Impairment. Legal? Então, 2006. Pode reler o exercício, tentar esquematizar direitinho, mas vamos às ideias principais. Primeiro, o ano de 2005. A empresa gastou $ 900,00 antes de comprovar que esse ativo estaria associado a benefícios econômicos futuros. Então esses $ 900,00, a gente registrou como despesa. Depois, ela comprovou os benefícios econômicos futuros e gastou mais $ 100,00. Então, esse $ 100,00 ela registrou no ativo. No ano de 2006, teve um gasto incremental, um gasto de $ 2 mil. Então, ela registrou no intangível $ 2 mil. Como já tinha $ 100,00 lá, ficamos com um intangível de $ 2.100,00. Como o exercício diz que o valor recuperável desse ativo é de $ 1.900,00 no final de 2006, então a gente tem que reduzir o valor do ativo, ficando com um intangível de $ 1.900,00 e ficando com uma despesa em 2006, uma perda por Impairment de $ 200,00.